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Saúde

Saúde Aveiro Braga Coimbra Porto Baixo Mondego Baixo Vouga Cávado Grande Porto BIOCANT PARK – Parque Tecnológico de Cantanhede Centro Norte Universidade Católica Portuguesa (Beiras) Universidade Católica Portuguesa (Braga) Universidade do Minho Universidade Católica Portuguesa (Porto) Universidade do Porto Universidade da Beira Interior Universidade de Aveiro Universidade de Coimbra

Entidade gestora: Associação do Pólo de Competitividade da Saúde

Endereço: TecMaia Rua Eng.º Frederico Ulrich, 2650 Moreira da Maia 4470-605 Maia

Website: http://healthportugal.com/

Mais Informações

Um dos aspectos mais importantes da vida em qualquer sociedade reside nos cuidados de saúde. A qualidade destes em Portugal é, de forma geral, satisfatória e tem melhorado nos últimos anos embora não esteja num padrão tão elevado como sucede na América do Norte e no Norte da Europa.

No nosso país, cada cidadão gasta uma média de 350 euros por ano em despesas relacionadas com a saúde. Por seu turno, a despesa em medicamentos representa uma fatia de 48% do dinheiro investido na Saúde. A despesa nesta área afecta grande parte dos países da União Europeia mas em Portugal a percentagem média gasta pelas famílias portuguesas é maior: 22,5% para os portugueses.

A área da saúde entendida em sentido amplo (envolvendo não só os cuidados e serviços de saúde como também os dispositivos médicos e a farmacêutica) é uma área que tem competências científicas e tecnológicas relevantes mas é igualmente uma área que as diversas regiões e o país em geral são deficitários, necessitando de recorrer de forma recorrente às importações. É, portanto, uma área com expectativa de crescimento muito significativa, atendendo à melhoria na qualidade de vida das pessoas e o acréscimo da esperança média de vida. Aliado a estes factos está a constatação de que se trata de uma área com baixa sensibilidade e exposição aos ciclos económicos.

O Sector da Saúde português tem, nos últimos anos, estado em mudança com o lançamento de várias áreas-chave: cuidados de saúde primários, hospitais, rede de referenciação hospitalar e medicamento. O Plano Nacional de Saúde cuja gestão e desenvolvimento foi orientado para o prazo decorrente entre 2004 e 2010, permitiu configurar essa reforma de forma planeada e consistente. De entre as principais estratégias importa destacar quatro que têm contribuído com particular importância:

 

  • A mudança centrada no cidadão enquanto resposta à percepção de que o sistema de saúde necessita de equidade e que este funcione como um valor orientador para o sector;
    • A gestão integrada da doença e a abordagem com base em settings(escolas, locais de trabalho, etc.) são duas estratégias que exigem uma grande concentração de esforços, comunicação, formação interprofissional e trabalho em rede nos Sectores da Saúde, Educação e Social e nos quais a gestão do conhecimento e da informação são dois vectores cruciais;
  • A capacitação do sistema de saúde para a inovação pois só através do processo inovativo a mudança se poderá concretizar.

É através destas linhas orientadoras e da agregação de esforços entre diversos sectores (Farmácia, Dispositivos Médicos e Saúde) que o Sector da Saúde entendido como um todo, poderá evoluir.

Caracterização

O Health Cluster Portugal (HCP) foi criado em 2009, tendo conseguido em poucos meses reunir toda a nata da cadeia de valor do sector. Foram aproximadamente 70 instituições públicas e privadas que aderiram estando entre estas:empresas, universidades, centros de investigação e hospitais. A liderança está a cargo do actual Presidente da farmacêutica Bial, Luís Portela, estando a ex-ministra da Saúde Leonor Beleza na presidência do conselho fiscal.

O objectivo que conduziu à criação do HCP foi, tal como referem os estatutos,

“contribuir para que Portugal se torne competitivo na investigação, concepção, desenvolvimento, fabrico e comercialização de produtos e serviços associados à área de saúde, em sectores de mercado e de tecnologias seleccionados, tendo como alvo os mais exigentes e relevantes mercados internacionais, num quadro e reconhecimento da qualidade da excelência e da inovação tecnológica”.

O Health Cluster Portugal envolve três sectores principais que se inter-relacionam:

Segmentando um pouco cada um dos sectores que integram o cluster, verificamos que a actividade económica ligada à farmacêutica, está muito relacionada com uma indústria fortemente globalizada e concentrada em poucos operadores. No mercado nacional operam sobretudo as multinacionais e a indústria local, sendo a produção nacional estimada em cerca de 44% do respectivo mercado (que tem um grande operador de referência na Região Norte). São dois os factores que caracterizam este sector: por um lado um constante e avultado investimento em inovação e, por outro, a presença de pessoal altamente qualificado. No nosso país, este é um sector com forte base inovativa, conferindo-lhe um elevado potencial de desenvolvimento futuro.

Por seu turno, a área dos dispositivos médicos trata-se de um mercado muito segmentado, com uma gama muito diversificada de produtos que vão desde produtos sem grande recurso a tecnologias (ex: batas, ligaduras, etc.) a outros com elevado nível de integração tecnológica (implantes activos e não activos, como sejam os pacemakers ou neuro-estimuladores, equipamentos de imagiologia, etc.). Neste domínio a realidade portuguesa caracteriza-se pela presença de três grupos distintos. O primeiro trata-se de um grupo de empresas mono-dedicadas que dispõem de boa tecnologia de transformação que está sobretudo concentrada no Norte (envolvendo empresas como a Pronefro, Fapomed, PMH, Bastos Viegas e Medisp). O segundo grupo consiste num conjunto mais alargado de empresas na sua maioria de pequena dimensão, que incluem a fabricação de dispositivos médicos tão diversos como cadeiras de rodas e canadianas, kits de primeiros socorros, calçado ortopédico, próteses e ortóteses. Por fim, o terceiro grupo (o mais numeroso) engloba empresas de vários sectores que, recorrendo à subcontratação, fornecem à indústria nacional e à indústria europeia e americana, componentes e/ou conjuntos funcionais para a fabricação dos dispositivos médicos.

A terceira grande área, os cuidados de saúde, tem estado essencialmente dependente da iniciativa pública embora pareça estar inserida num contexto definitivo de mudança devido às experiências recentes como a empresarialização dos hospitais, os hospitais SA, a gestão privada de hospitais públicos, etc. Uma área que tem crescido e onde a iniciativa privada se encontra muito bem posicionada, é a dos cuidados continuados de saúde. Aqui o termalismo apresenta-se como uma actividade muito interessante e que se situa entre as componentes lazer e bem-estar.

Uma das grandes missões do HCP passa por fomentar o registo de patentes e a transferência de tecnologia entre quem investiga e quem produz. Neste sentido, a Associação já definiu um conjunto de áreas estratégicas iniciais:

Em que:

  • Prevenção e tratamento de doenças: neurodegenerativas, cancro, cardiovasculares, degenerativas osteo-articulares, inflamatórias, infecciosas e metabólicas.
  • E-Health: AAL – Ambient Assisted Living, tratamento automático e integrado de informação – gestão, meios auxiliares de diagnóstico, imagiologia, etc.)

De referir ainda que a denominação escolhida para o Cluster, visa exactamente facilitar um dos outros objectivos que a associação tem em mente: a promoção internacional da capacidade de investigação e desenvolvimento instalada em Portugal no sector da saúde.

Entidades Constituintes

A constituição deste projecto conduziu a uma mobilização assinalável dos diversos agentes do sector. O projecto permitiu agregar entidades da mais diversa natureza: de empresas a hospitais, de Universidades a Institutos de Investigação, englobando ainda algumas das instituições de referência da área da Saúde no nosso país.

Em termos de centros de investigação, este projecto conseguiu englobar muitas instituições de renome, de destacar:

  • A Fundação Champalimaud;
  • O IPATIMUP – Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto;
  • O MM Instituto de Medicina Molecular de Lisboa;
  • O Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra;
  • O I3S - Instituto de Inovação e Investigação em Saúde;

 

Fazem parte ainda:

  • O INL – Instituto Ibérico de Nanotecnologias;
  • O INESC PORTO – Instituto de Engenharia de Sistemas de Computadores do Porto;
  • O CITEVE – Centro Tecnológico da Indústria Têxtil e do Vestuário;
  • O Instituto Gulbenkian da Ciência;
  • O PIEP – Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros.

A estas importa juntar a presença:

  • Do Avepark (Guimarães);
  • Do Biocant Centro de Inovação e Biotecnologia (Cantanhede);
  • Das Universidades do Porto, Minho, Coimbra, Lisboa, Beira Interior e Católica.

O HTC conta numa das vice-presidências com o ex-reitor da Universidade Sueca, Per Belfrage, presidente e “alma” do Medicon Valley, que foi um projecto internacional que colocou a área de Oresund no mapa mundial da inovação em biotecnologia. É, assim, uma importante “plataforma” para projectar a capacidade de investigação e desenvolvimento instalada em Portugal no sector da saúde. A presença desta panóplia de instituições e de pessoas atesta o carácter científico transversal desta área de negócio.

Na área de prestação de cuidados de saúde, o projecto conta com o grupo José de Mello Saúde e com os Hospitais Privados de Portugal. A Bluepharma, Hovione, Cipan, GSK, Alert, Alcatel-Lucent, AstraZeneca, Janssem-Cilagsão algumas das empresas integrantes deste Cluster da Saúde.

Onde está?

Health Cluster Portugal teve como representante público formal do Estado a CCDR-N, sendo a sua sede social nas instalações do TecMaia.Todavia, pese embora o epicentro deste movimento de clusterização nacional do sector tenha sido aNorte, rapidamente captou o interesse de empresas e instituições das áreas de Coimbra e Lisboa pelo que já se encontra espalhado em todo o país. Também o Hospital de Faro integra este conjunto de instituições do HCP o que é claramente indiciador da transversalidade nacional que este projecto assume.

Perspectivas de Desenvolvimento

O cluster poderá englobar outras duas vertentes para além das actuais:

  • Desenvolvimento das actividades de serviço às multinacionais farmacêuticas;
  • Aposta na cosmética aproveitando o facto de ser uma área de desenvolvimento rápido.

A Health Cluster Portugal – Associação do Pólo de Competitividade para a Saúde, foi criada com a incumbência de gerir e desenvolver o Pólo de Competitividade.