A indústria transformadora tem vindo a definir um conjunto de apostas que vão desde o desenvolvimento de novos produtos (materiais, design, etc.) à integração destes com o serviço (extended products), passando igualmente pela capacidade de resposta rápida, flexível e eficiente ao nível das operações. O impacto ambiental e a eficiência energética são outros dois vectores de muita importância para o futuro desta indústria.
Todas estas apostas implicam transformações significativas quer seja por exigir a utilização de novas ferramentas e tecnologias de suporte quer seja nos modelos, nos métodos de gestão, nos processos, etc. Para além deste aspecto, grande parte destas tecnologias são horizontais e, por conseguinte, aplicáveis a diversos sectores. Isto faz com que o desenvolvimento destas apostas seja realizado num ambiente transversal multi-sectorial.
Esta necessidade de transformação torna-se imperativa não só nacional como internacionalmente pelo que não é uma especificidade apenas portuguesa.
Procura-se com estas apostas, o aumento da produção nacional de tecnologia para a indústria bem como incrementar a dimensão dos sectores envolvidos, assim como do seu grau de internacionalização. Só assim se conseguirá aumentar a competitividade da indústria nacional, aumentar o investimento privado em I&D e inovação e, consequentemente, reforçar a presença em mercados internacionais.
Caracterização
Sustentado em processos de inovação, internacionalização e (sobretudo) de cooperação, o Pólo das Tecnologias de Produção – PRODUTECH tem como missão fundamental promover o desenvolvimento sustentável da fileira nacional das tecnologias de produção – fabricantes de máquinas, equipamentos e sistemas, integradores de sistemas, empresas de desenvolvimento de aplicações informáticas, empresas de engenharia, entre outros. Aposta em estratégias e iniciativas de eficiência colectiva que visem a inovação, a qualificação e a modernização das empresas produtoras e utilizadoras de tecnologias para a produção, fomentando de forma sustentada a sua competitividade global.

Em que:
- Cooperação – esta é a principal imagem de marca desta iniciativa, englobando:
- Novas formas de cooperação entre as empresas produtoras de tecnologia;
- Cooperação entre empresas produtoras e utilizadores dos principais sectores industriais portugueses;
- Cooperação entre empresas e entidades do STCN.
- Internacionalização – que engloba os seguintes pontos:
- A internacionalização das actividades comerciais das empresas;
- A internacionalização das suas redes de cooperação;
- A internacionalização das suas fontes de tecnologia e conhecimento.
- Inovação – envolve um conjunto integrado de projectos e acções que visam assegurar uma vantagem competitiva e médio prazo, não descurando as necessidades de curto prazo.
Este Pólo procura actuar a montante e a jusante, estabelecendo ainda parcerias com o SCN – Sistema Científico Nacional.É da estreita cooperação entre fornecedores de tecnologia, os utilizadores e o SCN que se desenvolve o sector das tecnologias de produção. A estes três conjuntos surge igualmente interligado um outro que é constituído pelos fornecedores dos denominados serviços de suporte.

É através da cooperação e do trabalho em rede por parte de todos os agentes envolvidos que se procurará aumentar a competitividade e a produção nacional de tecnologia para a indústria. Consequentemente, advirá o aumento da dimensão dos sectores envolvidos (desenvolvimento das empresas existentes e criação de novas empresas) e o grau de internacionalização dos mesmos.
A actividade deste cluster tem os seguintes objectivos:
- Promover, dinamizar ou apoiar iniciativas e projectos que valorizem a cooperação entre as empresas que produzem tecnologias para produção e entre estas e as empresas e outras entidades relevantes dos sectores utilizadores, promovidos pela associação, pelos seus associados ou por outras entidades, a nível nacional ou internacional, desde que se insiram no âmbito de actividade da Associação;
- Promover a imagem e a valorização das empresas produtoras de tecnologias para a produção e dos respectivos sectores;
- Fomentar a investigação, o desenvolvimento, a inovação e troca de constante de ideias, experiências e projectos nas empresas e sectores referidos no primeiro ponto;
- Estabelecer contactos privilegiados com instituições de ensino superior, unidades de investigação, instituições de I&D de interface, centros tecnológicos e outros organismos públicos ou privados, bem como, com associações congéneres, nacionais ou não, tendo em vista a prossecução das finalidades da PRODUTECH;
- Prestar serviços aos associados e às entidades contribuintes e criar e administrar fundos em seu benefício;
- Promover actividades de informação, disseminação e debate, nomeadamente conferências, workshops e workshops, assim como a produção de documentação e estudos, quer para os seus associados, quer para o público em geral.
- Cooperar com os poderes públicos e com outras associações, com vista à realização de iniciativas de interesse conjunto;
- Exercer as demais atribuições necessárias ou convenientes à prossecução do seu fim que não sejam expressamente vedadas por lei.
Quem o constitui?
Fornecedores de tecnologia – Máquinas, Equipamentos e Sistemas:
- CEI;
- Azevedos;
- FREZITE - Ferramentas de Corte, S.A;
- ADIRA S.A;
- LIREL – Lima e Resende, Lda.;
- TEGOPI – Indústria Metalomecânica S.A;
- M. J. Amaral;
- ARSOPI – Indústrias Metalúrgicas Arlindo S. Pinho, S.A;
- SERI – Sociedade de Estudos e Realizações Industriais, Lda.;
- M De Máquina;
- Kaizen Institute Consulting Group;
- Microprocessador;
- Efacec Automação e Robótica, S.A;
Fornecedores de Tecnologia – Tecnologias e Informação:
- SOFTI9 – Inovação Informática;
- Critical Software;
- SISTRADE – Sistema Integrado de Gestão Empresarial;
- Vanguarda;
- MIIT;
- CIMSOFT – Tecnologias de Informação;
- WIDE SCOPE;
- Phc Software;
- Rigor-P;
- Oficina de Soluções de Informática;
- Inforlândia;
- René Guimarães;
- Egitron;
- Infos;
- MyPartner.
Fornecedores de Tecnologia – Entidades Sectoriais:
- CATIM – Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica;
- AIMMAP – Associação dos Industrias Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal;
- ANEMM – Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Electromecânicas;
- ANETIE – Associação Nacional das Empresas de Tecnologias de Informação e Electrónica
- CENFIM – Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica.
Utilizadores Finais – Empresas:
- SONAE Indústria;
- Idepa;
- Colep CCL;
- Ferreira Marques & Irmão;
- F. Ramada;
- Kyaia;
- J. Sampaio & Irmão;
- Metalúrgica Luso Italiana;
- Petrotec;
- Silampos;
- Waldemar Fernandes da Silva
Outras entidades:
- AEP;
- RECET – Rede dos Centros Tecnológicos;
- Fórum Manufuture Portugal;
- Select Recursos Humanos.
Onde está?
O centro de gravidade deste Pólo localiza-se no Grande Porto, existindo no entanto bases industriais em Entre Douro e Vouga.
Centros de Saber
Os Centros de Saber e Tecnológicos que integram o Pólo são:
- CATIM – Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica
- CENI – Centro de Investigação e Inovação de Processos Associação de I&D;
- CENTIMFE – Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos;
- CEVALOR – Centro Tecnológico para o Aproveitamento e Valorização das Rochas Ornamentais e Industriais;
- CITEVE – Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal;
- CTCOR – Centro Tecnológico da Cortiça;
- CTCP – Centro Tecnológico do Calçado de Portugal;
- CTCV -Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro;
- CTIC - Centro Tecnológico das Indústrias do Couro;
- IDMEC – Instituto de Engenharia Mecânica – Pólo IST;
- IEETA – Instituto de Engenharia Electrónica e Telemática de Aveiro;
- INEGI – Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial;
- INESC – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores;
- PIEP – Associação Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros;
- UNINOVA – Faculdade de Ciências e Tecnologia / Universidade Nova de Lisboa;
- IDMEC – Instituto de Engenharia Mecânica (Pólo da FEUP);
- ISQ – Instituto de Soldadura e Qualidade.
Perspectivas de Desenvolvimento
O plano de actuação definido para o Pólo das Tecnologias de Produção assenta na concretização de determinados resultados dos quais se destacam:
- Reforço da colaboração e cooperação entre empresas e entre estas e as entidades do SCTN;
- Aumentar a competitividade e o valor acrescentado das empresas através da utilização das tecnologias;
- Melhoria do saldo das transacções externas através da diminuição de importações e do aumento das exportações de tecnologia;
- Aposta reforçada no desenvolvimento e comercialização, nos mercados nacional e internacional, de novos produtos e serviços tecnologicamente avançados;
- Aumento do investimento privado em actividades de I&DT;
Para a gestão e dinamização do cluster nos próximos